O evento, realizado na cidade de Campinas (SP), entre os dias 19 e 22 de novembro, na forma de um único Congresso, é um momento ímpar para lançar o olhar sobre a pessoa com síndrome de Down e examinar sua trajetória de vida, com enfoque na fase adulta e no envelhecimento.
Uma oportunidade única para a atualização de conhecimentos que resultam de pesquisas, estudos e experiências práticas exitosas, além dos encontros entre familiares, profissionais, especialistas e as pessoas com síndrome de Down que o Congresso propicia.
É chegada a hora de o tema “Eu tenho síndrome de Down, e daí?” se tornar real, possibilitando que o protagonismo e o empoderamento das pessoas com síndrome Down sejam conhecidos.
Um Congresso que unirá estudiosos, pesquisadores, famílias, pessoas com síndrome de Down do Brasil e exterior para debaterem e aprenderem uns com os outros, visando ao aprofundamento da inclusão social e da qualidade de vida.
Importante ressaltar que ser diferente é compreender que a riqueza da vida está nessa sua imensa diversidade, não cabendo modelagens excludentes porque a vida não cabe em métricas definidas pela sociedade que tem o condão de restringir a sua magnificência por meio do preconceito. Devemos sim aprender com as diferenças e não exclui-las para empobrecer a beleza da diversidade.
Esse Congresso quer demonstrar que todos devem aprender com a diferença, que é e sempre foi parte inerente da vida. As diferenças devem unir, estimular a busca por novos conhecimentos, a realização de pesquisas, estudos para que as potencialidades de cada um possa ser desenvolvida.
O Congresso pretende que a participação dos congressistas venha somar, unir, ampliar as redes colaborativas e fortalecê-las com novas informações, conhecimentos e experiências.
A pessoa com síndrome de Down tem muito a dizer, cabendo ao Congresso garantir-lhe oportunidade de fazê-lo e, assim, oferecer aos congressistas a chance de conhecer seu protagonismo, que deve ser fortalecido, abandonando-se práticas capacitistas, nas quais a passividade sempre foi o que se ofereceu a elas.
O momento agora é outro. É de protagonismo, de colaboração, de autonomia e independência. Hora de definir papeis reais para a pessoa com síndrome de Down e apoiar o seu desenvolvimento, sem métricas excludentes impostas historicamente. Fortalecer o conhecimento para transformar e garantir qualidade de vida.
Venha ser um protagonista nessa rede onde todos são igualmente diferentes e diferentemente iguais.

Cleunice Bohn de Lima
Presidente da Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down

Estela Brochado
Presidente da Federação Iberoamericana de Síndrome de Down
